sexta-feira, 2 de abril de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Ar rarefeito
terça-feira, 23 de março de 2010
GUNS EM MONTEVIDEO
quarta-feira, 17 de março de 2010
SHOW DO GUNS EM PORTO ALEGRE, por uma "ex-viúva" do Slash
segunda-feira, 8 de março de 2010
descoberta do pé
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
2010, rock'n'roll, no fear and no limits
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Cromossomos e sutiãs
Defender o direito do ser humano de fazer o que bem entende da sua vida é o que precisa ser levado em consideração.
Há mulheres e homens sem pretensões intelectuais. Há mulheres e homens que assistem novela. Há mulheres e homens que querem casar na igreja porque acham bonito. Há mulheres e homens que mantêm o casamento fracassado para não dividir o patrimônio. Há mulheres e homens que votam em branco e depois reclamam do governo. Há mulheres e homens que não pagam impostos. Há mulheres e homens que roubam e permanecem impunes. Há mulheres sendo homens e homens sendo mulheres.
Sempre me posicionei a favor da filosofia feminista enquanto marco histórico de posicionamento social em uma época de efetivas diferenças. Dos absurdos medievais à coisificação da mulher: morrerei contra as barbáries de toda ordem por amor à essência livre do ser humano e não ao cromossomo.
Hoje, feita a revolução, os direitos existem e são os mesmos para todos os gêneros. A problemática reside no fato de que as mulheres ainda lutam por eles ao invés de aprimorarem-se na arte de como torná-los realidade e não apenas possibilidades conferidas pela luta das queimadoras de sutiã.
Somos o que queremos ser. É fato. Se somos medíocres, medrosos, incompetentes, rasos ou pequenos, o somos tanto no masculino como no feminino.
Evidentemente, há quem desconheça a evolução da História e contribua para a confusão das cabeças menos ilustradas. Daí que moçoilas desavisadas e rapazes ignorantes gerem cenas medievais em universidades, e senhores ignóbeis endinheirados e madames bem-criadas trucidem-se em tribunais.
O desafio, me parece, é conviver com posicionamentos anacrônicos sem a possibilidade de ajustá-los ao máximo conhecimento atual do ser humano.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Colhendo no universo
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Inspiração
"(...)
Your time is limited, so don't waste it living someone else's life. Don't be trapped by dogma — which is living with the results of other people's thinking. Don't let the noise of others' opinions drown out your own inner voice. And most important, have the courage to follow your heart and intuition. They somehow already know what you truly want to become. Everything else is secondary.
(...)
Stay Hungry. Stay Foolish."
Steve Jobs
(Stanford, 2005)
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Constatação
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Cebola
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Apneia
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Anti-dopping (ou trilha sonora para o momento)
domingo, 16 de agosto de 2009
Sejamos francos: você tem, sim, uma lista
Desconheço o porquê dessa necessidade estúpida de fazer parecer que todos os seres humanos são decentes e merecedores de chances. Segundas, terceiras, quartas, não importa. Quanto mais vil a criatura, menor deveria ser seu tempo sobre a terra. E não é que são esses mesmos seres que recebem benesses das mais inacreditáveis?
Justamente em razão da cultura do perdão sem limites é que os mais desprezíveis permanecem incomodando quem tenta clarear os caminhos da existência. E olhe que, normalmente, quem carrega a lanterna tem a intenção genuína de iluminar a todos, para que todos sigam crescendo e se desenvolvendo.
Sun Tzu, se realmente existiu, estava certo. O negócio é reduzir o inimigo a nada, aniquilá-lo, dizimá-lo – sempre com inteligência, evidentemente. Veja que a crueza das lições militares chinesas da era pré-cristã é muito mais fiel à natureza do ser humano que os textos bíblicos. E, mais, em momento algum, a guerra dos generais chineses é vã, pois defende a causa da dignidade do império que defendem. Ainda, não primam pela carnificina, como possa inicialmente parecer.
A destruição do inimigo significa sua eliminação enquanto mal que afronta o percurso da causa defendida. Daí que você pode gritar aí, dizendo que a perspectiva é quem dita os conceitos de bem e mal. Sim, mas, neste caso, não. Se um líder trabalha arduamente para levar seus seguidores aos patamares mais elevados do desenvolvimento, para que todos obtenham suas respectivas felicidades, isso não pode ser considerado um mal. Mas, se durante o caminho, alguém atua no desvirtuamento desse objetivo, por motivos torpes, má-fé ou pseudo-ignorância, torna-se o mal a ser combatido.
Tal posicionamento serve para qualquer âmbito, seja na liderança de grupos ou na condução da própria vida pessoal. Boicotadores de projetos, difamadores de plantão, pequenos de toda ordem.
Agora, diga-me com sinceridade, o quão longa é sua lista?
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
Vontades, cercas e cronômetros
E, aí, reside toda a confusão da vida: a pouca ou nenhuma possibilidade de existirem visões iguais em extensão ou profundidade é a causa da comunicação lenta e da conseqüente impossibilidade de atingir pontos superiores de existência.
Além disso, não se chega às alturas passando o caminho todo renegando a necessidade de abandonar o peso da bagagem.
Em outras palavras, uns não sabem bem aonde podem chegar e outros tem medo de dizê-lo.
O drama, porém, torna-se mais agudo na medida em que o tempo restante diminui e os limites, ironicamente, se ampliam.
Se o saber que todos os muros são feitos de névoa nos fosse revelado quando o cronômetro iniciasse a contagem, seríamos mais felizes?
Seríamos capazes de vivenciar a plenitude de um mundo de infinitas possibilidades?
Ou a ausência de medo simplesmente nos mataria?
As perguntas, porém, restringem-se aos limites existentes e, para nosso (des)conforto, jamais terão resposta.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Somos ridículos
Foi assim com Before Sunset, que foi parar no DVD player apenas para descansar a cabeça na noite da terça-feira exaustiva. Minha lembrança era de uma continuação água-com-açúcar com belas locações em Paris.
Em Paris, um norte-americano e uma francesa se reencontram após nove anos de um encontro de uma noite em Viena e o filme é um diálogo tão doloroso quanto delicioso e, por isso, existencialmente angustiante, durante uma caminhada de algumas horas pela capital francesa.
O diálogo é ininterrupto, mesmo nos breves momentos de silêncio. Dois atores apenas, Ethan Hawke e Julie Delpy. E Paris com clichês que passam ao largo em razão da intensidade e da simplicidade das pessoas. O mais impressionante é a manutenção, durante todo o filme, de grande desconforto pela identificação da porção demasiada humana dos personagens; indivíduos comuns, cujas escolhas tanto arruinaram quanto iluminaram suas vidas.
Culpando a ilusão dos tempos juvenis, acabam por lamentar-se de muitas coisas, ao mesmo tempo em que creditam à bagagem dos anos a aceitação natural de suas idiossincrasias. São condescendentes sem ter opção de não sê-lo.
A temática é tão corriqueira e, ainda assim tão densa, que me vejo agora com dificuldade de focar no que pretendo dizer, passando-me miseravelmente por resenhadora cinematográfica.
Uma das características mais marcantes do filme é a de justamente ser uma espécie de fotografia da vida moderna e de suas complicações criadas pelas próprias pessoas e, destas mesmas, sendo alvo de crítica severa – e merecida, há que se dizer.
Passa-se a vida em busca de algo externamente projetado - cuja miopia social nos faz crer ser de nossa exclusiva criação! – e, repentinamente, chega-se a determinados pontos onde a encruzilhada é maior do que a tendência à zona de conforto. O drama será maior ou menor em função da importância que damos à nossa persona, isto é, ao que o mundo enxerga quando nos vê. E nessa esquizofrenia existencial, muitas vezes desistimos do sofrimento rápido (sabendo que trará a bonança duradoura) e preferimos a anestesia eterna do mais ou menos.
Por que, diabos, importa tanto se temos vinte, trinta, cinqüenta ou setenta anos? Por que tornamo-nos rígidos ainda que saibamos sermos os únicos responsáveis por nosso próprio destino?
Sim, a escolha é cerebral. Nenhuma crença é tão forte quanto a de que somos os donos de nossa existência e, mesmo assim, capitulamos, em maior ou menos grau, diante de olhares ou de palavras que nos são contrários.
Somos todos ridículos. Por que simplesmente não aceitamos nossa condição de pobres coitados no meio da imensidão do universo? Poderíamos ser muito mais leves se aceitássemos nossa condição de poeira das estrelas.
Mas, não, muitas vezes somos capazes de deixar que a falta de nexo, maquiada de civilidade, nos coloque em posição de desvantagem em relação a nossos pares. Nesses momento é que perdemos a consciência do fato de sermos proprietários de nossa liberdade.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Hipocrisia é analgésico
E hoje, cada vez mais escassos, os escudeiros da verdade nua e crua continuam a viver em constante conflito moral, visto que obrigados a abafar muitas de suas opiniões em prol da convivência social ditada pela maioria hipócrita.
Exemplos brotam de todo o lado, especialmente em um país como o Brasil, de formação cultural patrimonialista e católica.
E, ao contrário do que se possa supor, o comportamento hipócrita não está restrito aos mais velhos e conservadores, cuja dificuldade de evolução até compreende-se, pois custe talvez mais caro do que a manutenção do status quo.
As novas gerações, rebentos de revoluções de nomes diversos e de liberdades paridas a fórceps, surpreendentemente são capazes de hipocrisias maiores do que as de seus pais.
Assistem-se cerimônias religiosas de casamentos cujas partes sequer entendem de religião; cumprem-se rituais sociais viciados de clichês de toda ordem, cujo nexo reside em local incerto e não sabido; elegem-se representantes do povo, para o povo e contra o povo, deliberadamente e repetidamente; mantêm-se relacionamentos conjugais cujo alicerce é a fotografia de coluna social; compram-se etiquetas para os filhos e os deixam desabrigados de educação e ética; financiam-se carros de luxo desconhecendo-se os rumos da própria vida.
A maioria mente e a maioria quer acreditar. Não cogitam a possibilidade de serem autênticos os tais hipócritas, pois preferem a comodidade de não serem julgados por seus próprios pares.
Entendo que a convivência em uma sociedade de desiguais requer certo tato e, também, certa hipocrisia – é provável que o apedrejamento constante nos deixasse ainda mais desiludidos.
Tenho, contudo, esperanças renovadas na possibilidade de ir encontrando semelhantes pelo caminho e, ao menos, poder compartilhar minha repulsa à pequenez de visão e de caráter.
Não me presto à marionete e seguirei fiel às minhas descrenças - ainda que a passos menores que os desejados.
Siga-me quem quiser. Não dou esmola, não creio em deuses e mergulho fundo de olhos abertos.