Espero pelo sono. Espero por várias coisas. Espero pelas pessoas e delas também espero. Espero pelo dia seguinte, pela semana seguinte. Espero pelo momento que não é o agora e que nunca me espera chegar. Espero alguma coisa que não sei bem o quê. Ou talvez saiba exatamente o que espero e não diga, porque, se o fizer, sei bem o que me espera. Mas não espero sentada. Espero com olhos de tempestade que devasta. Mas o vento não me espera. O tempo tampouco. Melhor assim. A espera do tempo é breve se comparada à falta de esperança, que mata e não espera. Por favor, espere sempre alguma coisa de mim. Se não puder agora, eu espero.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
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5 comentários:
"Ou talvez saiba exatamente o que espero e não diga, porque, se o fizer, sei bem o que me espera."
Bravo! Genial!
Lu: esteticmente falando, achei este o teu melhor texto, quase uma poesia. Tu tá ficando cada vez melhor nisso, hein filha?
Parabéns!
Beijos!
Rafael
nossa, isso me mata, pq escrevi sem pensar, na cama, com o note no colo, totalmente despretensiosa....não conseguia dormir....ficou bom mesmo é? acho que vou ter que explorar mais a insônia então.....
puxa, tu é tão doce escrevendo. até quando tu vai usar a persona no dia-a-dia?
(lembra das aulas de direito romano, persona vem da máscara usada pelos gregos (ou eram os romanos) para aumentar a voz no teatro), daí a origem de personalidade, em verdade, um papel social que desempenhamos.
bjs.
andré.
Oi Lu, quase não, isso é um poema.
Fui postar esse comentário porque achei isso e me deparo com os acima!
Acho que tu tá indo no caminho certo agora. A poesia liberta o espírito e a palavra mostra o sentimento. Escreva mais sem pensar e seja mais despretenciosa.
beijão.
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