quarta-feira, 10 de outubro de 2007

(espera)

Espero pelo sono. Espero por várias coisas. Espero pelas pessoas e delas também espero. Espero pelo dia seguinte, pela semana seguinte. Espero pelo momento que não é o agora e que nunca me espera chegar. Espero alguma coisa que não sei bem o quê. Ou talvez saiba exatamente o que espero e não diga, porque, se o fizer, sei bem o que me espera. Mas não espero sentada. Espero com olhos de tempestade que devasta. Mas o vento não me espera. O tempo tampouco. Melhor assim. A espera do tempo é breve se comparada à falta de esperança, que mata e não espera. Por favor, espere sempre alguma coisa de mim. Se não puder agora, eu espero.

5 comentários:

Anônimo disse...

"Ou talvez saiba exatamente o que espero e não diga, porque, se o fizer, sei bem o que me espera."

Bravo! Genial!

Anônimo disse...

Lu: esteticmente falando, achei este o teu melhor texto, quase uma poesia. Tu tá ficando cada vez melhor nisso, hein filha?
Parabéns!
Beijos!
Rafael

Anônimo disse...

nossa, isso me mata, pq escrevi sem pensar, na cama, com o note no colo, totalmente despretensiosa....não conseguia dormir....ficou bom mesmo é? acho que vou ter que explorar mais a insônia então.....

Anônimo disse...

puxa, tu é tão doce escrevendo. até quando tu vai usar a persona no dia-a-dia?
(lembra das aulas de direito romano, persona vem da máscara usada pelos gregos (ou eram os romanos) para aumentar a voz no teatro), daí a origem de personalidade, em verdade, um papel social que desempenhamos.
bjs.
andré.

Eduardo Gerhardt Martins disse...

Oi Lu, quase não, isso é um poema.
Fui postar esse comentário porque achei isso e me deparo com os acima!
Acho que tu tá indo no caminho certo agora. A poesia liberta o espírito e a palavra mostra o sentimento. Escreva mais sem pensar e seja mais despretenciosa.
beijão.