domingo, 11 de janeiro de 2009

Hoje eu sei

A vida passa rápido, por isso deve-se aproveitar ao máximo todos momentos. Clichezão dos mais batidos, eu sei.
Não lembro de onde eu estava no início de janeiro de 1999, mas lembro que, há dez anos atrás, eu era outra pessoa.
Há dez meses atrás eu era outra pessoa.
É comum imaginar o que teríamos feito em tempos passados se em tal época tivéssemos o conhecimento da vida que temos no presente. Todo mundo já pensou nisso alguma vez.
Quantas vezes deixaríamos de sentir medo, quantas vezes riríamos ao invés de chorar, quantas vezes domiríamos mais tranquilos, quantas asneiras deixaríamos de dizer, quanta vergonha deixaríamos de passar, quantas respostas inúteis evitaríamos perseguir... A lista é infinita. Poderia encher páginas de tudo o que poderia ter feito diferente, se, por exemplo, ao 18 anos, já tivesse na cabeça o acumulado aos 31.
O paradoxo reside, contudo, no fato de que, hoje, conscientemente, não mudaria nada - pois sei da beleza e da grandeza de andar para frente buscando o equilíbrio resultante de grandes oscilações e do valor de construir uma personalidade de fundamento inabalável justamente por haver oscilado tanto.
As escolhas, a partir disso, serão sempre as mais acertadas, pois é no reconhecimento da própria evolução que reside a nossa força.

2 comentários:

Márcio Almeida Júnior disse...

Dra. Luciana, sugiro a leitura de "O Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger. Sua maneira de olhar a vida se parece bastate com a do protagonista, Holden Caufield, um dos personagens mais interessantes da literatura norte-americana. A única diferença é que ele é profundamente generoso, às vezes totalmente passional, às vezes muito racional, às vezes emotivo, às vezes sereno, mas sempre muito humano. Parabéns, pelo blog.

Luciana F. disse...

Oi Márcio, há muito já li o Salinger....me deprimi deveras....rsrsrsr...talvez o leia com outros olhos hoje em dia.... de se pensar.....obrigada pela visita! abraço!