quinta-feira, 19 de junho de 2008

Doença

Quando você começa a pensar em coisas do tipo "ah, o pior que pode acontecer é..." pra afastar a preocupação é porque a coisa tá feia. Quando você põe a moldeira de clareamento dental para não comer chocolate (ou qualquer outra coisa com alto índice glicêmico que aparentemente supra sua ansiedade) é porque a coisa está em níveis patológicos. "Ah, ao menos não fumo mais" é uma alternativa de auto-conforto muito usada nessas situações.
O fato é que depender da ação alheia - especialmente quando os outros são mais, digamos, light-, me corrói as paredes do estômago. E olha que já aprendi a delegar. Juro. O problema não é a delegação propriamente dita (pois me conformei, por falta de opção, em não ter o controle total), mas quando você faz toda a sua parte e os outros fazem as deles pela metade ou não fazem.
Por que é tão dificil atender compromissos? Não quero ser chata, mas é, sim, coisa de brasileiro. Deixar tudo par última hora. Que martírio! E não tem a ver com dinheiro, escolaridade ou posição social. É um comportamento que está por toda a parte. Um vírus sem remédio.
Começo a pensar que as pessoas, cujo comportamento se enquadra no descrito acima, não devem pensar que o fracasso seja algo ruim e estão pouco se importando com o desenrolar de seus projetos.
Ok, mas e quanto aos que se importam? Estão condenados a morrer de úlcera?
Morro de vontade de mudar de time, juro. Queria ter a capacidade de ser irresponsável, de dormir tranquila mesmo tendo feito tudo nas coxas.
Mas é mais forte do que eu. Nunca consegui deixar o barco afundar - ou ao menos sempre fiz tudo e mais um pouco para salvar qualquer coisa que aparecesse em minha frente afundando.
É como um ímã.
Acho que sou obssessiva por soluções.
Socorro!!!!

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