quarta-feira, 28 de maio de 2008

(pausa)

Tento, tento, tento. Mas não consigo viver a muitas milhas da angústia. Há dias em que o elogio nem soa. Há dias em que me vejo tão vil, tão abaixo do que se espera de uma pessoa de razoável pertinência, que dá vontade de nascer de novo. Só enxergo falhas, falhas, falhas. Que ser é este que dói em si mesmo de tanta incompletude? Quer ser é esse cujo lamento crônico de sua imperfeição não retumba do lado de fora? Quero me arrancar de mim mesmo. Hoje, ao menos. Dizem que ando no caminho previsto, que sou destacada do chão. São todos míopes. O erro da minha substância está aí, é só olhar. Vivo com um parâmetro do infinito a tiracolo. Queria realmente achar que sonhos são irrelevantes e que a vida deve ser interessante ao invés de feliz, como disse um psicanalista.
Ou talvez seja apenas cansaço...

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse psicanalista que você cita, por acaso, não é o Contardo Caligaris?

Marco

Luciana F. disse...

Sim, o próprio, Marco! Acho ele muito bom. Aliás, de modo geral, psicanalistas são o máximo...rsrsrs..
Abraço!