Ontem o Carpinejar devolveu o segundo "tema de casa" corrigido. Tirei "A" (rsrsrs). É engraçado. Achei mesmo que tinha escrito uma porcaria. Mas não. Segundo o mestre, foi bom. O texto que entreguei ontem, esse sim achei bom. Só falta na aula que vem ele devolver dizendo que estava terrível. Bom, segue abaixo o texto 2, com as anotações do Fabrício e já com algumas modificações. Enjoy it.
"Você foi jantar com seu namorado em um restaurante chiquérrimo. Francês. Conta de quatrocentos e cinqüenta reais. Bom, normalmente vale a pena. É provável que vocês tenham tido um garçom para atender exclusivamente sua mesa com toda a simpatia do mundo, o que fez do seu jantar uma experiência quase transcendental. Não foi bem assim? Ele nem lhe dirigiu o olhar? E quando o fez, foi para desdenhar sua dúvida sobre a melhor safra dos bordeaux disponíveis como se fosse a pergunta mais absurda do mundo e houvesse, na carta, algum vinho de caráter duvidoso. Sei. E não teve paciência de lhe explicar o motivo pelo qual o chef não permite que peçam foie gras e confit de canard, e ainda lhe lançou um olhar de piedade pela ignorância? Bom, restaurante francês, sabe como é, dê um desconto. Não se lamente tanto. Lembre-se que em poucos lugares come-se tão bem como nesse restaurante. O pãozinho do couvert estava duro e com gosto de fermento? E o garçom disse-lhe, com olhos ferinos, que o pãozinho era elaborado conforme a receita centenária da família do chef? Mas você não foi a um restaurante desses pelo pãozinho, não é? Creio que somente a sobremesa já tenha valido a pena. Sobremesas francesas são o que há. O que? Você esperou quarenta e cinco minutos para que lhe trouxessem um singelo crème brulée? Por que você não chamou o garçom? Chamou três vezes e ele fez que não era com ele. Entendi. Bom, imagino, ao menos, que o ambiente era bonito e agradável. Sempre o são esses franceses. Você mal enxergava seu namorado do outro lado da mesa, tamanha a escuridão? É provável que o garçom tenha esquecido de acender a vela na mesa. Só pode. Ah, você acha que ele derramou vinho em seu vestido de propósito, apenas porque você reclamou de uma coisinha ou outra durante o jantar? Pode ser. Sabe como são vingativos esses tipos. Ainda mais nos franceses. Bom, depois disso tudo, certamente não pagaram os dez por cento. Eu não pagaria. E olhe que eu adoro os franceses! Ah, pagaram, é? “Pagamos, sim, claro! Imagine o que o garçom iria pensar de mim depois de tudo que eu lhe fiz passar com as minhas perguntas impertinentes?!”. "
COMENTÁRIOS DA CORREÇÃO: "Bem apanhado. Desmistificação com graça e ironia. Cuidar para não responder demais."
3 comentários:
;)
bendito Valdir...
hehehe...pensei num valdir às avessas...imagina nós no francês da minha crônica "moço, tira uma foto nossa?"...bjosss
Interessante tua construção, Lu.
Você se veste de outro e imagina o caso. Achei pertinentes os comentário so Poeta.
Você vai e vai longe.
Acredite.
Abraços de sempre e sempre...
Germano
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