Há pouco, em aula, o professor dizia que deve ser mesmo complicado o advogado (ele é juiz) dizer pro cliente que o processo não teve êxito. Um colega e eu, em uníssono, dissemos: O pior não é isso. O pior é dizer que juízes diferentes julgaram processos de natureza idêntica, do mesmo cliente, de formas diametralmente opostas.
Agora, pensando na vida em geral, me dei conta de que, em muitas vezes, o pior não é aquilo que a nós se apresenta, mas outra coisa qualquer que, em comparação, amenizaria aquele pior inicial. Isto é, se há uma situação ruim, certamente há outra pior por aí. É a tal da relativização. Particularmente, pelo instinto megalomaníaco, tendo a pensar que os fatos da minha vida são de uma intensidade sem precedentes. Estou sempre operando no limite. Contudo, em determinados lapsos de sanidade, me olho de fora e consigo relativizar. Não é fácil, especialmente para quem analisa tantas mensagens mentais simultâneas e às vezes acha que vai enlouquecer. De qualquer modo, vale o exercício.
Assim, por exemplo, tomemos três coisas que, neste momento, me incomodam:
Estou ansiosa porque alguns planos demoram a se concretizar;
Estou estressada com confusões profissionais;
Estou sufocada com questões emocionais.
Mas o pior não é isso. O pior é que, em 2014, quando o Brasil sediar a Copa, vai haver superfaturamento de obras e desvio de dinheiro púbico. O pior é que a sistemática do ensino público, pela qual o aluno não pode rodar, vai chegar às universidades e o mercado de trabalho terá cada vez mais gente incompetente. O pior é que cada vez mais teremos que andar com os vidros do carro fechados, carregar as mil chaves das mil grades e portas de nossas casas e ainda assim continuarmos sendo assaltados. O pior é que pagamos impostos. O pior é que o voto é obrigatório. O pior é que falta vergonha na cara, da base ao topo da pirâmide.
Agora, pensando na vida em geral, me dei conta de que, em muitas vezes, o pior não é aquilo que a nós se apresenta, mas outra coisa qualquer que, em comparação, amenizaria aquele pior inicial. Isto é, se há uma situação ruim, certamente há outra pior por aí. É a tal da relativização. Particularmente, pelo instinto megalomaníaco, tendo a pensar que os fatos da minha vida são de uma intensidade sem precedentes. Estou sempre operando no limite. Contudo, em determinados lapsos de sanidade, me olho de fora e consigo relativizar. Não é fácil, especialmente para quem analisa tantas mensagens mentais simultâneas e às vezes acha que vai enlouquecer. De qualquer modo, vale o exercício.
Assim, por exemplo, tomemos três coisas que, neste momento, me incomodam:
Estou ansiosa porque alguns planos demoram a se concretizar;
Estou estressada com confusões profissionais;
Estou sufocada com questões emocionais.
Mas o pior não é isso. O pior é que, em 2014, quando o Brasil sediar a Copa, vai haver superfaturamento de obras e desvio de dinheiro púbico. O pior é que a sistemática do ensino público, pela qual o aluno não pode rodar, vai chegar às universidades e o mercado de trabalho terá cada vez mais gente incompetente. O pior é que cada vez mais teremos que andar com os vidros do carro fechados, carregar as mil chaves das mil grades e portas de nossas casas e ainda assim continuarmos sendo assaltados. O pior é que pagamos impostos. O pior é que o voto é obrigatório. O pior é que falta vergonha na cara, da base ao topo da pirâmide.
Viram só? Relativizei.
(ai, ai... ainda assim preciso de um chardonnay)
4 comentários:
poxa....essa historia da vergonha eh q pega...
Depois de anos tomando soda caustica nada mais �bvio que o governo anestesie a popula�o com doses maci�as de otimismo para 2014.
E ainda acho que o pior de tudo, vai ser o PT lutando pelo terceiro mandato s� pra se beneficiar da farra das licita�es da copa.
Infelizmente, o futebol � o �pio do povo.
E ele ainda dz que não dá pra governar sem os 38 bilhões da CPMF.
Só chorando mesmo!!!
Luciana, parabéns pelo blog.Gosto muito do jeito que tu escreve.
Tais, obrigada! Fique à vontade para contribuir sempre que quiser! Bjos
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