quinta-feira, 1 de março de 2007

Para pior é impossível - um circo chamado Brasil

Impossível resistir. Nosso presidente é um prato cheio.
Disse ele que o problema da violência do país é complicado, que não há solução imediata e que "o mal já foi feito" e os "jovens vítimas da violência são resultado de décadas de políticas econômicas que não surtiram os efeitos causadores de esperança e expectativa". Disse também que é contra a redução da marioridade penal e que os jovens precisam de educação, etc.
Ok. Desde 2003 estou com a bolota vermelha presa no nariz e um nó preso na garganta.
Agora vou falar.
Realmente, o mal foi feito nas últimas eleições quando o populacho, envaidecido de ter um dos seus no Planalto, quis continuar a festa. E lá foi ele novamente, subiu a rampa e retomou a palhaçada, sempre culpando os antecessores neoliberais com seu discurso mofado.
Vejam só, ele culpa as polícas econômicas que lhe precederam com a maior tranqüilidade.
Ainda bem que a política econômica de equipe dele é uma maravilha e foi responsável pelo crescimento espetacular do país à taxa de 2,9% em 2006. O sonhado espetáculo do crescimento econômico. O Paraguai cresceu 4%. Sem comentários.
Mas o Brasil é uma maravilha. O guri arrastado e despedaçado no Rio é um detalhe. Não dá para culpar os delinqüentes, o problema "é da sociedade em geral", segundo Lula.
Reduzir a maioridade penal só iria aumentar a despesa pública e a necessidade de investimentos em estrutura carcerária, o que definitivamente não é prioridade do governo.
Aliás, temas básicos como segurança, educação, saúde pública, previdência social são muito chatos. Legal mesmo é o Pan - mais cem milhões. Legal mesmo é receber visita de Chavez e Morales e rir dos que acham que algum dia existirá democracia na América Latina. Legal é deixar a maior estatal ser enxovalhada, é governar sem equipe formada, é achar que política é como futebol, é falar bobagem em nome de uma nação.
Para completar, o presidente anunciou que não concorrerá ao terceiro mandato, pois mudar a legislação agora seria atentar contra a democracia. Que senso de cidadania.
Só há uma explicação: ele dormiu com o Bozo. E deve ter sido o Bozo que disse a ele que não existe déficit na previdência, só pode.
Mas não há de ser nada. Algum dia, os 70% da população brasileira que se constitui de analfabetos funcionais perceberá que também pode chegar ao poder. Neste dia, o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão, o Congresso vai virar big brother, o Planalto, novela das oito, o Supremo, clube de swing e o Banco Central... você decide - porque alguém tem de decidir alguma coisa.
E nós, os que ainda pensam, já teremos, com sorte, passado desta para melhor - porque para pior é impossível. Alguém duvida?

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