segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cebola

Ainda é possível a alguém ser idealista sem ser tido como bobo? Choca constatar que a persona do dia-a-dia é refém da máscara da esperteza para não parecer ingênua aos olhos dos abutres em geral. Lastimo viver no mundo da sacanagem. Gostaria de poder ser, de fato, essência e clareza. E só. Sem subterfúgios, sem pontes sinuosas, sem esperas planejadas. O hoje é o avesso da minha utopia. Guardo no bolso, apesar de tudo, minha caixinha de sono tranquilo, enquanto permito que, do lado de fora, dancem pela música da maioria.

2 comentários:

Márcio Almeida Júnior disse...

Não posso comentar agora o conteúdo, pois o sono está me vencendo. O estilo é direto, franco, claro. Tem vigor e, por isso, é poderoso. Os adjetivos são muitos, e você os merece,Dra., pois se transformou no único equivalente feminino que conheço na blogosfera brasileira da coragem de um Nietzche. Saudações.

Luciana F. disse...

Tks, amigo blogueiro! Comentei seu comentário no email! Abraço!