terça-feira, 5 de maio de 2009

(devaneios)

O tempo que nunca chega se aproxima e circunda o cotidiano como a criança gulosa e tímida ao redor da mesa de aniversário.
O que é necessário à alma para que permita?
Onde jazem os papéis mal escritos e as bulas de remédios vencidos para que de lá eu não me aproxime?
A felicidade já chegou e eu teimo em fatiá-la. A mim sempre disseram para ter comedimento.
O bolo de chocolate enfeitado não está lá para ser devorado de uma só vez.
Por que, hein, que intensidade parece doença?
E eu sempre ando conforme as regras. E delas reclamo sempre.
Sou desprezível se quero ser profunda, pois meu trapézio está sobre redes de proteção.
Farsante.
Eu amo desvairadamente. E sei que tenho amor de volta.
Daí que o resto deveria passar como poeira no jeans. Dá-se umas batidinhas e pronto.
Depende de mim.
E olha que hoje ganhei gérberas!
Suspirei no melhor abraço do mundo e fiquei bem.

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