sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pensamento para digestão

Um estudo feito nos EUA indicou a existência do Nature-Deficit Disorder (ou transtorno de défict de natureza, na minha tradução). Não seria um diagnóstico médico oficial, mas representa e descreve o preço pego pelo homem pela alienação em relação à natureza. Entre os custos do comportamento estão a diminuição dos sentidos, dificuldades de atenção, altos índices de doenças físicas e psicológicas, tais como obesidade e seus correlatos, stress e seus derivados. Isso tudo porque as pessoas, nunca na história, passaram tanto tempo envolvidos no ciclo trabalho, internet, TV, trânsito, e outras atividades típicas da vida moderna.
O estudo relata que o uso desenfreado de teclnoligia de informação, em detrimento do contato com a natureza, estaria tornando as pessoas extremamente doentes.
Bom, agora pergunto, e se eu genuinamente não gosto de ambientes bucólicos e alheios do mundo agitado, se tenho pavor de mato e sou mortalmente alérgica a insetos de qualquer tipo? Se minha idéia de paisagem perfeita é a do vigésimo andar de uma grande metrópole, com luzes reluzindo em torres de aço e vidro, e que não troco uma cama king size branquinha, de preferência num hotel de rede multinacional, por nada desse mundo? Se eu prefiro cheiro de cloro a de esterco, ambiente refrigerado à umidade florestal, restaurante japonês à piquenique em sítios, será que estou condenada a morrer de déficit de natureza? Será? Será?

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