segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Do fundo do baú

Houve um comentário elogiando a expressão que fiz referência num post anterior. "Fortaleza de fraqueza". Não é de minha autoria. É de um poema escrito pra mim quando do meu aniversário de 19 anos. Há muito tempo, portanto. Encontrei o papel nas coisas antigas e acho que vale transcrever. Sessão nostalgia. Apesar de achar que sou melhor agora do que há uma década, sempre bate uma sensação de que o tempo se esvai nas mãos. E me faz pensar nas escolhas que fazemos na vida. Por que, diabos, não escolhemos SEMPRE a felicidade, independente do preço a pagar por ela? Por não fazemos nós mesmos a nossa felicidade? Bom, pensem aí. Segue o poema do aniversário de 19 anos.
"Nem que a minha verve vicejasse muito
ou que o ritmo febril da escrita fosse
mais febril e infinito que a vontade ou as ondas,
nem assim teria a verdura e a volúpia
da tua nova idade
- verdura, volúpia e encanto -
tão teus quanto a tua mocidade.
Acredita que aos dezenove
nada há em qualquer parte
que não sejas,
nada há em qualquer parte
que não sintas ou te enteires,
nada há que tu não sejas.
Faz dessa tua única crença,
tua única certeza -
faz da vileza, da maldade -
tanto quanto sublime,
faz tu mesma.
Que tudo em ti seja possibilidade...
e que estejas bem segura da incerteza
eternizando-se assim adorável:
fortaleza de fraqueza."
(E. G. M. - POA, 28/02/96)

4 comentários:

Eduardo Gerhardt Martins disse...

Nem vem Lu. Eu não te conhecia em 1996.

Luciana F. disse...

hahahaha!!! pior é que era eduardo também!!!!bjos!

Eduardo Gerhardt Martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Germano Viana Xavier disse...

Fraqueza forte de menina já mulher...

Beijos!!!

Germano