quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Não sai nada...

Ok, reconheço. Não tenho escrito nada de instigante ou minimamente interessante nos últimos tempos. Vi que quanto maior a angústia, maior a catarse. E como ando adotando uma postura à la Polyanna, as borbulhas cerebrais acalmaram-se. Estaria eu, para satisfazer a vontade de escrever que me acompanha, condenada a perseguir a angústia para todo o sempre? Haveria, por outro lado, outra forma de inspiração que me permitisse ser minimamente feliz e, ao mesmoo tempo, literariamente produtiva? Certamente que deve haver. Apesar de que, neste momento, não visualizo nenhum dos meus ídolos da literatura que não em estado de angústia constante e complicação emocional. Penso, contudo, que meu problema seja falta de técnica. Escrevo o que penso sem mão de ourives. Claro, a função terapêutica é cumprida com louvor. Ocorre que, se não tenho surtos por dilemas existenciais, não sai nada digno de leitura atenta. Agora, entretanto, pensei que a busca da leveza de espírito para ser feliz e a necessidade do peso da crise para escrever constitui-se num paradoxo digno de análise...

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