domingo, 28 de outubro de 2007

Chuvas esparsas...

Após o maravilhoso almoço de domingo, tive uma crise do meu combo gastrite+duodenite. Há mais de três semanas não passava mal. Que desagradável. O bom é que meus queridos amigos e meu compreensivo namorado estão já habituados. Aliás, o almoço estava ótimo justamente pela companhia, não pela comida ou pelo lugar. Não que ambos não fossem bons, mas definitivamente não é meu estilo. Mas como meu estilo é querer que as pessoas fiquem felizes, voilá. Deixei-os, então, para vir pra casa tomar meu remédio e esperar passar o revertério. Vinha no carro, ouvindo música e pensando na vida (sentir dor me angustia e ao mesmo tempo me move o pensamento). O céu estava fechando-se. Aquele vento todo. No fim, nem choveu, mas naquela hora tive a impressão que viria um toró. Chuva de verão é sempre catártica. Acho lindo. Até me inspirei no trajeto pra casa e fiz um caminho um pouco mais longo. Lembrei de uma cena antiga. O motorista do carro se joga no penhasco. Como se, naquele momento, conseguisse se libertar de algo. (Não, não quero me atirar de lugar algum e tampouco tenho idéias suicidas, por favor!) Mas, ao ver aquele céu tornando-se cinza e aquele vento desestabilizando a tarde “perfeita” de domingo, senti um alívio. Uma sensação estranha (e boa) de libertação das convenções ensolaradas. Sei que preciso me encaixar e, seguidamente, o faço muito bem. Quero apenas poder viver a contradição que há em mim independentemente das expectativas. Faça chuva ou faça sol.

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