
Como não fomos capazes de antever que aquela pessoa que queríamos ser não se encaixaria na pessoa que, ao fim, nos tornaríamos?
Esse é o grande problema. A não ser que você tenha poderes de vidência, é impossível saber quem você vai encontrar daqui a dez ou vinte anos quando se olhar no espelho.
Como saber o que vai nos fazer felizes amanhã, se o que hoje nos agrada, passava, ontem, longe de nossas vontades?
Acredito que há pessoas cuja serenidade diante da vida não lhes provoque esse tipo de angústia existencial. Aos demais, ao se depararem com o fatídico cruzamento, avaliem o custo de viajar numa estrada com pouca visibilidade - mas lembrem que o retorno é diretamente proporcional ao risco, sempre.
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